Liberdade

Celebração da festa de Pêssach que tem como um dos motivos a LIBERDADE.
Liberdade para a Kabbalah não tem valor absoluto, e sim, subjetivo/relativo. Uma pessoa que tem liberdade é uma pessoa que tem o poder de escolha na sua vida: onde vai trabalhar, em que área, com quem irá casar-se, para onde irá viajar.. Mas liberdade no sentido de fazer o que quer não se tem, porque se mora em lugar/país que tem leis; até se pode ter liberdade de ação, mas isso terá consequências..
Então a liberdade está condicionada a cultura, a época e até mesmo restrições do Universo, coisas como a química e a física. Uma liberdade pura não existe. A liberdade é parcial.
A própria vida é condicionada a certos limites: não é possível viver sem água, ar..
A Kabbalah (a filosofia tbm fala disso, mas a Kabbalah é anterior a esta, é claro) fala de dois tipos de liberdade: a liberdade negativa e a positiva. A liberdade negativa é quando não se tem nada/nem ninguém que proíbe que se faça o que se quer fazer, já a liberdade positiva é quando se tem regras e leis/entidade que bloqueiam de se fazer o que quer, ou de viver em escravidão exatamente porque a ideia aqui é que essas leis ajudam a não entrar numa vida de escradidão/prisão.
Na verdade, a liberdade é uma interação entre esses dois níveis, entre a liberdade negativa e a positiva:
Se você só tem liberdade negativa na vida, você tende a realizar nada. Não tem senso de realização. Por outro lado, se você tende a uma excessiva liberdade positiva, você precisa psicologicamente de alguém falando o tempo inteiro o que pode ou não fazer, você pode até ser livre, mas não é autônomo, maduro, independente.
Logo, pode-se concluir que para ser verdadeiramente livre é necessário uma combinação das duas liberdades:a liberdade positiva + a liberdade negativa. Esse conceito traz sabedoria e quando incorporado se vive a verdadeira liberdade.